Violentamente Pacífico – Bairro da Paz

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“Se nós invertessemos os papéis, colocassemos aqui aqueles que se tem como mais claro, a elite, aqueles que se tem como sofisticados, civilizado, passasse fome mano, fosse rejeitado, fosse excluido, pagasse tudo e não tivesse acessibilidade. O brother, a tudo e todas as coisas como eles seriam? Qual seria o exemplo deles?”

“Outro fator prepoderente na parada que me deixa irritado que nos fazer perder o equilibrio é os caras que deveriam ser punido com contundencia, como está escrito na palavra que eu esqueci. Que os mestres quando vaciliam, quando os que tem mais quando vacilam devem receber duro castigo como exemplo, os caras tem imunidade parlamentar e isenção de impostos.”

“Imaginem, imaginem quando todos nos resolvermos ajustarmos as nossas contas. Imaginem quando só a título de bairro da Paz, 77.000 pessoas, resolverem montar uma quadrilha pra ir buscar o que é nosso”

“Nos estamos nos organizando para reinvididcar pacificamente para sermos violentamente pacifico e resistir pacificamente, se instrumentalizando neste aspecto, se politizando, se profissionalizando para ensinar a vocês da elite, a vocês mauricinhos, a vocês patricinhas e até mesmo pobre misseráveis do gueto”

12 thoughts on “Violentamente Pacífico – Bairro da Paz”

  1. Parece muita maconha pra pouco neurônio… Fico em dúvida se é uma “confusão de prosódia” ou “profusão de paródias”. 🙂
    Pelo que deu pra entender da confusão mental, trata-se da velha luta de classes, anacronicamente defendida.
    Há até certa razão, mas o alvo errado. O problema não está “na Zelite” (essa cachorra) como classe social, e sim como poder vigente. E este poder é exercido pela classe POLÍTICA, que é eleita pela mesma choldra da qual o rapaz aí se diz representante legítimo. Classe média não elege corruptos conhecidos, e classe alta não tem voto pra isso. Quem “ponhou” o clã Sarney no poder foi a patuléia. Falta então EDUCAÇÃO. Sem ela, a sociedade e os atores políticos serão os mesmos – com ou sem “revolucionários” movidos a cannabis… 🙂

  2. Ricardo,

    Sem entrar no mérito do que o rapaz disse, sua argumentação apresenta algumas falhas:

    * A classe média certamente não tem os votos, quantitativamente, para eleger candidatos, mas certamente tem os meios para derrubar presidentes eleitos e outros representantes do poder vigente – vide a saída de Collor. Qualquer que seja sua visão dos motivos, teorias conspiratórias, suporte da mídia etc, sem ressonância na classe média (ou em seus filhos) de cara pintada, nada teria ocorrido. Também a oposição à ditadura teve centro em uma classe média, urbana e escolarizada;

    * Pode-se argumentar que ainda que quantitavamente insuficiente, a classe média tem relevancia qualitativa em qualquer pleito. Seria o espelho daquilo que o país quer ser.

    * Mesmo do ponto de vista quantitativo, seu argumento não se sustenta. O The Economist já chama o Brasil de país classe média. A FGV aponta para 52% da população na classe média. ( http://www.votebrasil.com/noticia/politica/classe-media-chega-a-52-da-populacao-aponta-pesquisa-da-fgv )

    * Você fala em uma separação entre a elite e classe política. Você não especifíca a sua elite, mas assumo que seja econômica. Não fiz um estudo profundo, mas andei passeando por dados de financiamento de campanhas de deputados. Me parece haver forte correlação entre os dois dados: receber dinheiro dos grandes grupos e ser eleito.

  3. @Roberto Pinho
    Fala Roberto,

    – Cuidado, números são perigosos. Estatística é a melhor maneira de mentir falando a verdade… A FGV coloca famílias que ganham 2,5 a 10 salários mínimos como classe média. Tecnicamente está certo, essa seria uma faixa em torno da média. Mas isso não quer dizer que um cabra que ganhe 2,5 SM POR FAMÍLIA não seja proletário… E o problema que vejo é que a “classe operária” é quem, infelizmente, perpetua Sarneys e Calheiros da vida.
    Essa classe NÃO LÊ (vi em algum lugar que 2/3 dos brasileiros não acessam notícia escrita). Então NÃO FORMA OPINIÃO, mas tem a opinião formada.

    – Os cara-pintadas foram um movimento dos jovens junto com um APOIO (quae sera tamen) de grande parte da imprensa – e este só existiu porque Collor, PC Farias e sua gangue CONTRARIARAM interesses estabelecidos, ao tomar para si quase todas as maracutaias que estavam em outras mãos há décadas. Foi uma estranha convergência de interesses… para sorte do Brasil!

    – Não separo a elite… São inter-relacionadas. Mas não são a mesma coisa. Por um lado, há grandes grupos criminosos (até de fora, como a Máfia Chinesa) elegendo nossa elite política. Por outro, há entidades da esquerda fazendo “trabalho de base” e elegendo proletários (ou tentando, pelo menos). Meu argumento é de que o Rasta erra o alvo ao focar na elite econômica, porque (1) ela vai sempre existir e tratar de seus interesses (de forma legítima ou não), e (2) porque o que precisamos não é “suprimir” a elite, e sim limpar A CLASSE POLÍTICA. Não é invadir a Zona Sul, e sim a Zona do Congresso. Porque tudo nasce ali, das leis que perpetuam o establishment político atual à impunidade (cevada pelo excesso de recursos do Direito Processual anacrônico, pela “imunidade parlamentar” para crimes comuns, reservas de mercado para 3 ou 4 empresários em detrimento do PIB etc.)

  4. Roberto, relendo meu post, não gostei do início, pode parecer que o estou atacando, o que absolutamente não é o caso!

    Quando critiquei os números, dirigi-me à GV. Porque entendo os motivos técnicos deles (o IBGE e organismos de outros países definem classe média mais ou menos da mesma maneira). Mas esses números têm que ser lidos dentro do seu contexto limitado: a distribuição normal das rendas familiares de um país. Tanto é que o o IBGE, na PNAD, se preocupa com diversos outors indicadores, ao invés de se fixar na renda familiar. Assim como o IDH e outros índices expressivos.

    [ ]s

  5. Ricardo,

    – Quanto a classe média, entendo que você discordo da termilogia, ou seja, você não usa classe média da mesma forma que a FGV. Ainda assim, não se pode desconsiderar a classe média (tal como você define) como capaz de influenciar eleições.

    – O movimento Diretas Já é outro exemplo de participação da classe média.

    – Dê uma olhada nos números da campanha de Sarney. Veja o que você conclui sobvre qual foi o fator prepoderante na eleição: apoio popular ou recursos de campanha?

  6. Ricardo,

    – Comentando um outro aspecto da sua argumentação, e até seguindo o que você apresenta para o caso Collor, não consigo enxergar uma independência de opinião na classe média. O fato de ler não implica necessariamente indepedência, mas que a fonte formadora de opinião é diversa da de quem não lê.

  7. De fato, há uma certa imprecisão nos conceitos, mas certamente que isso é um aspecto menor no discurso desse senhor. Ele fala muito clara e lucidamente sobre o ódio de classes e sobre o poder latente da massa oprimida. Se esse poder se manifestar, o resultado pode ser ou muito positivo, se provindo de distribuição de renda, trabalho, inclusão econômica e social, cidadania, ou uma hecatombe social. Muito bom. Parabéns ao(s) realizador(es).

  8. O que esse rapaz diz é fundamentalmente verdade, claro, mas não é uma verdade que prima pela originalidade dentro do seu meio. Torna-se um grande “lugar comum” dentro daqueles que fazem “hip-hop”, “rap” ou afins. É quase um mote. Um amontoado de palavras que muita embora lance suas flechas contra a Elite, faz inconscientemente o papel que essa própria Elite reserva ao “Protesto”.

    Esse é o tipo de Protesto que a Elite gosta. Um protesto emitido através de uma linguagem extremamente colonizada que, se traduzido para o inglês, pode muito bem ser de um negro ou “xicano” de Nova Yorque ou Los Angeles. Uma linguagem de gueto, reservado ao gueto e fadada a colonizar o gueto, mesmo que através de um suposto grito do oprimido. Um apanhado de manchetes de jornais entremeado de “broda” e “tá ligado?”.

    Posso parecer elitista, porém tenho uma opinião bastante sólida sobre essas coisas. A “virulência”, o “protesto”, a “indignação” do “hip-hop” dos “brodas” paulistas e do Funk carioca, tem como propósito único a perda da identidade e restringir esses protestos ao próprio gueto. Tipo, fiquem aí reclamando, esperneando, pois nessa forma não haverá ressonância em outros segmentos sociais. Pratiquem o “jus isperneandi” e que fique por isso mesmo.

  9. @Ricardo Freire
    E outros…

    Fundamental compreender a influência ideólogica Rasta. E igualmente importante notar que o discurso, além de pacífico, é direto e reinvindicatório.

    E toda movimentação em direção a uma sociedade mais igualitária é positivo.

  10. Depois de um excelente discurso, que decepção verificar tantos comentários mediocres e unilaterias de uma causa coletiva, parece-me que trata-se dos mauricinhos de merca no superficial da questão abordada!

  11. vocês são um bando de hipócritas ao achar que o leo carlos fala alguma mentira , vocês todos fazem parte da mesma laia , são um bando de burgueses infelizes e que só sofrem na teoria , eu quero ver você argumentarem é na pratica vivendo onde esse cara vive , onde eu vivo . Esse cara ai que vocês dizem está com muita cannabis na mente meu brother , só está tentando salvar as nossas vidas ta ligado , falar é fácil , difícil é passar fome , é viver na mizéria , é viver na casa onde ele mora , onde eu moro , onde mais de 50.000 pessoas moram . A gente tem que catar lixo pra viver , tem que se prostituir pra poder viver e os poucos que tentam levar a vida dignamente sofre preeconceitos de pessoas que se dizem inteligentes , educadas , cultas . Vocês não lutam é por causa nenhuma , sabe por que ?? porque vocês não precisam de nada , vocês tem tudo na mão . O pobre está ai escravizado pela mídia , visto como o ladrão, o perigoso , o errado . Mas perigosos são vocês que não sabem o que a gente passa , falar é bom , difícil é viver como a gente vive , se é que como a gente vive é vida . Mas não importa a gente vai apoiar essa luta que vai ser eterna infelizmente pois pessoas como vocês dos comentários ai acima , não querendo ofender todas , vão sempre contestar o que o negro diz , o que o pobre diz .

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